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Sim, é verdade, a MEDITAÇÃO é uma prática protetora do cérebro!

A prática da meditação data de 5.000 anos antes de Cristo. Nas últimas décadas, sobretudo a partir do anos 70, a meditação tem sido cada vez mais praticada como uma atividade terapêutica.

No contexto tradicional, meditação refere-se a uma família de práticas mentais que são projetadas para melhorar a concentração, aumentar a consciência do momento presente e familiarizar uma pessoa com a natureza de sua própria mente.

Em um contexto mais geral e contemporâneo, a meditação pode ser categorizada como atenção focada que, de acordo com a definição clássica, é uma “restrição da flutuação da mente.” Em termos simples, significa acalmar o cérebro. Ao restringir sua flutuação, pode-se alcançar uma “consciência sem esforço”, o que é chamado de “O estado meditativo”. Para alcançá-lo, é necessário um processo gradual de treinamento de nossos estados comportamentais, físicos, respiratórios e mentais. 

Portanto, alcançar o estado meditativo depende de uma modulação gradual dos estímulos do cérebro do ponto de vista do comportamento (controle da reação em relação ao mundo), físico, respiratório (controle das flutuações respiratórias) e mental (controle das oscilações cerebrais). Essas práticas podem ser usadas para:

  1. Aumentar a concentração, o insight ou a consciência do momento presente;
  2. Promover relaxamento;
  3. Reduzir o estresse;
  4. Acalmar a mente;
  5. Atingir um estado de consciência aumentada;
  6. Reduzir o sofrimento percebido e aumentar a felicidade.

Evidências preliminares sugerem que o treinamento de meditação preserva a estrutura do cérebro, o metabolismo da glicose e a conectividade do cérebro em jovens, adultos e até idosos.  Os primeiros estudos neste domínio mostraram que em meditadores jovens e de meia-idade, em comparação com não-meditadores, há uma preservação da espessura cortical e volumes de massa cinzenta. Também mostraram que no hipocampo (estrutura relacionada à memória, regiões do cérebro frontal e temporal) desse grupo há uma menor  atrofia do volume de massa cinzenta do cérebro, relacionada à idade.

Em um estudo recente de neuroimagem (G Chételat, et al- Scientific reports, nature.com), os volumes cerebrais da substância cinzenta e o metabolismo da glicose de seis especialistas em meditação, adultos idosos, foram comparados com 67 da mesma idade não meditadores. Em regiões relacionadas à promoção da atenção e equilíbrio psíquico, sensíveis ao envelhecimento, como córtex pré-frontal ventromedial, córtex cingulado anterior, junção temporoparietal bilateral, ínsula e córtex cingulado posterior, os especialistas em meditação tinham mais volume de substância cinzenta preservado e/ou mais metabolismo de glicose em repouso do que não meditadores.